O que são as três ondas da TCC? Uma visão geral
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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens psicoterapêuticas mais estudadas e utilizadas no mundo. Desde sua origem na década de 1960 com Aaron Beck, a TCC passou por uma notável evolução. Essa transformação ao longo do tempo tem sido amplamente compreendida em termos de "ondas" – cada uma marcada por novos avanços teóricos, técnicos e filosóficos.
Neste artigo, vamos apresentar uma visão geral sobre as três ondas da TCC, destacando suas principais características, diferenças e contribuições clínicas. Compreender essa trajetória é essencial para profissionais que desejam se atualizar e aprofundar suas intervenções.
Primeira onda: o behaviorismo
A primeira onda da TCC tem raízes no behaviorismo clássico e operante, que dominou a psicologia clínica entre as décadas de 1920 e 1950. Inspirada pelos trabalhos de Pavlov, Watson e Skinner, essa abordagem focava exclusivamente no comportamento observável, desconsiderando os pensamentos e emoções como objetos diretos de intervenção.
Características principais:
- Ênfase na aprendizagem e na modificação de comportamentos desadaptativos;
- Uso de técnicas como reforçamento, extinção e dessensibilização sistemática;
- Tratamento de fobias, ansiedade e comportamentos disruptivos.
Limitações:
- Pouca consideração para processos internos subjetivos;
- Abordagem vista como mecanicista por muitos clínicos.
Segunda onda: a revolução cognitiva
Com a ascensão da psicologia cognitiva, surge a segunda onda da TCC, marcada pelo trabalho pioneiro de Aaron Beck e Albert Ellis. O foco passa a ser a forma como os pensamentos influenciam emoções e comportamentos.
Características principais:
- Introdução do modelo cognitivo: pensamentos automáticos → emoções → comportamentos;
- Ênfase na identificação e modificação de distorções cognitivas;
- Desenvolvimento de técnicas como reestruturação cognitiva e experimentos comportamentais.
Principais representantes:
- Aaron Beck (Terapia Cognitiva);
- Albert Ellis (Terapia Racional-Emotiva Comportamental - TREC).
Impacto clínico:
- Expansão da TCC para diversos transtornos mentais: depressão, ansiedade, TOC, transtornos alimentares e mais;
- Validação científica robusta e consolidação como abordagem baseada em evidências.
Terceira onda: as terapias contextuais
A terceira onda emerge a partir dos anos 1990, incorporando aspectos da filosofia da linguagem, da ciência do comportamento e da espiritualidade laica. Essas abordagens são chamadas de terapias contextuais, pois consideram o contexto em que pensamentos e comportamentos ocorrem, e propõem uma mudança na relação com os eventos internos – e não sua modificação direta.
Terapias principais da terceira onda:
- ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso): foco em aceitação, mindfulness e valores;
- DBT (Terapia Comportamental Dialética): regulação emocional e habilidades interpessoais para transtornos complexos;
- MBCT (Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness): prevenção de recaídas depressivas por meio de atenção plena;
- FAP (Psicoterapia Analítica Funcional): ênfase na relação terapêutica e no comportamento verbal no aqui e agora.
Características distintivas:
- Adoção de técnicas de mindfulness e aceitação;
- Ênfase em processos funcionais e não em conteúdos específicos;
- Integração com evidências da neurociência e da filosofia contemporânea.
Comparando as três ondas
OndaFoco PrincipalTécnicas-chaveExemplos de AplicaçãoPrimeira ondaComportamento observávelCondicionamento clássico e operanteFobias, TEA, TDAHSegunda ondaConteúdo dos pensamentosReestruturação cognitiva, experimentosDepressão, ansiedadeTerceira ondaRelação com os pensamentos e valoresMindfulness, aceitação, ação comprometidaDor crônica, trauma
Por que compreender as três ondas é importante?
Entender as ondas da TCC permite ao profissional:
- Escolher intervenções mais adequadas ao perfil e às necessidades do paciente;
- Integrar técnicas de forma ética e coerente com os objetivos terapêuticos;
- Acompanhar a evolução científica da psicoterapia e aplicar práticas baseadas em evidências;
- Adaptar a linguagem clínica a diferentes contextos e demandas.
Além disso, essa compreensão fortalece a identidade profissional do terapeuta e amplia sua sensibilidade clínica.
Conclusão
As três ondas da TCC representam não apenas uma evolução histórica, mas também uma ampliação conceitual da psicoterapia. Cada onda trouxe inovações importantes, e juntas oferecem um repertório riquíssimo para a prática clínica. Ter domínio sobre essas abordagens permite ao terapeuta atuar de forma mais flexível, criativa e eficaz.
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