A origem da ACT: como surgiu e quais são suas bases teóricas?
👉 Masterclass Gratuita e Online
com a PHD Judith Beck
Nesta masterclass exclusiva, você vai:
• Descobrir as mais recentes inovações em TCC
• Entender as tendências que estão moldando o futuro da terapia
• Aprender insights práticos diretamente de uma referência mundial
• Participar de um momento histórico para a TCC no Brasil"
A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é uma das terapias de terceira onda que mais têm crescido nas últimas décadas, com eficácia comprovada em uma ampla gama de condições clínicas. No entanto, para compreender seu diferencial e potência clínica, é fundamental entender de onde ela veio, em que fundamentos se apoia e como se articula com outras abordagens psicológicas.
Neste artigo, vamos explorar a origem da ACT, seus principais criadores, as influências filosóficas e científicas que moldaram sua estrutura e como ela se diferencia das abordagens cognitivo-comportamentais anteriores.
O nascimento da ACT
A ACT foi desenvolvida por Steven C. Hayes, Kelly G. Wilson e Kirk D. Strosahl, na década de 1980, nos Estados Unidos. A abordagem surgiu como uma tentativa de resolver as limitações percebidas nas terapias cognitivo-comportamentais tradicionais, especialmente no tratamento de condições crônicas, recorrentes e resistentes à mudança cognitiva direta.
Em vez de focar na eliminação de sintomas ou na reestruturação de pensamentos, a ACT propôs uma mudança radical: ajudar as pessoas a aceitarem suas experiências internas e a viverem de acordo com seus valores, mesmo diante do sofrimento.
Influências teóricas e filosóficas
A ACT não é apenas uma técnica terapêutica, mas um modelo baseado em uma teoria comportamental moderna chamada Teoria das Molduras Relacionais (Relational Frame Theory – RFT), desenvolvida pelo próprio Steven Hayes.
1. Teoria das Molduras Relacionais (RFT)
A RFT é uma teoria sobre linguagem e cognição que propõe que a linguagem humana funciona por meio de relações arbitrárias entre estímulos (ou "molduras relacionais"). Essa capacidade de estabelecer relações complexas entre palavras e conceitos está na base tanto da flexibilidade cognitiva quanto do sofrimento humano.
Por exemplo: uma pessoa que aprendeu a associar “fracasso” a “inutilidade” pode sentir intensa vergonha ao falhar, mesmo sem evidência objetiva de desvalor.
2. Filosofia do contextualismo funcional
A ACT é baseada em uma visão filosófica chamada contextualismo funcional, que propõe compreender o comportamento humano em seu contexto histórico e situacional. Ou seja, não se busca “corrigir” pensamentos, mas entender como eles funcionam na vida da pessoa e se estão contribuindo ou não para uma vida significativa.
3. Influência do mindfulness e do estoicismo
A ACT também incorporou elementos de mindfulness (atenção plena) e de tradições filosóficas como o estoicismo, ao propor que o sofrimento faz parte da experiência humana e que tentar evitá-lo pode ser mais prejudicial do que aceitá-lo.
A estrutura da ACT: o modelo Hexaflex
A ACT trabalha com seis processos centrais que promovem flexibilidade psicológica – a capacidade de estar presente, aceitar experiências internas e agir de acordo com valores pessoais. Esses processos estão organizados no chamado modelo Hexaflex:
- Aceitação: abrir espaço para sentimentos e pensamentos difíceis;
- Defusão cognitiva: reduzir o impacto de pensamentos difíceis por meio de distanciamento;
- Contato com o momento presente: desenvolver presença e atenção plena;
- Eu como contexto (eu observador): perceber-se além de conteúdos mentais;
- Clareza de valores: identificar o que realmente importa para a pessoa;
- Ação comprometida: agir em direção aos valores, mesmo diante de dificuldades.
O impacto da ACT na psicoterapia contemporânea
A ACT tem ganhado espaço em contextos clínicos, organizacionais, educacionais e de saúde pública. Sua eficácia foi demonstrada em diversas condições:
- Transtornos de ansiedade
- Depressão
- Dor crônica
- Transtorno de personalidade borderline
- Transtornos alimentares
- Estresse ocupacional e burnout
- Abuso de substâncias
A abordagem também tem se mostrado promissora na promoção de bem-estar, qualidade de vida e prevenção de recaídas.
Conclusão
A ACT surgiu como uma resposta às limitações das abordagens anteriores, trazendo uma nova forma de compreender o sofrimento humano e de promover mudança terapêutica. Ao valorizar o contexto, a aceitação e os valores pessoais, a ACT representa uma verdadeira revolução na forma como terapeutas ajudam seus pacientes a viverem com mais autenticidade e liberdade.
Continue Aprimorando seus Conhecimentos
Quer aprender ACT de forma estruturada, profunda e aplicável à prática clínica? Conheça a Formação Permanente do IC&C: www.icc.clinic/formacao-permanente.

👉 Masterclass Gratuita e Online
com a PHD Judith Beck
Nesta masterclass exclusiva, você vai:
• Descobrir as mais recentes inovações em TCC
• Entender as tendências que estão moldando o futuro da terapia
• Aprender insights práticos diretamente de uma referência mundial
• Participar de um momento histórico para a TCC no Brasil"
Confira mais posts em nosso blog!









