A primeira onda da TCC: o foco no comportamento observável
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Quando falamos em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), é comum associarmos a abordagem à modificação de pensamentos e crenças. No entanto, a história da TCC começa antes da “revolução cognitiva”, com uma base sólida no comportamentalismo. A chamada primeira onda da TCC surgiu no início do século XX, centrando-se exclusivamente no comportamento observável e nas leis do aprendizado.
Neste artigo, vamos explorar os fundamentos da primeira onda da TCC, suas principais contribuições para a psicoterapia, seus expoentes teóricos e sua relevância clínica até os dias atuais.
O que foi a primeira onda da TCC?
A primeira onda da TCC é marcada pela ênfase no comportamento como objeto principal da intervenção terapêutica. Nesse momento histórico, a psicologia buscava se consolidar como ciência empírica e, para isso, voltou-se à observação direta e mensuração de condutas.
Esse movimento teve forte influência das teorias do condicionamento clássico e do condicionamento operante, ambas originadas a partir de experimentos laboratoriais e generalizadas para a compreensão do comportamento humano.
Principais teóricos da primeira onda
1. John B. Watson
Considerado o “pai do behaviorismo”, Watson propôs que a psicologia deveria estudar o comportamento observável, afastando-se dos processos mentais subjetivos. Seus experimentos com o pequeno Albert são conhecidos por demonstrar como fobias poderiam ser condicionadas.
2. Ivan Pavlov
Famoso por suas experiências com cães, Pavlov descreveu o condicionamento clássico, no qual um estímulo neutro passa a provocar uma resposta após ser emparelhado com um estímulo naturalmente evocador.
3. B.F. Skinner
Skinner levou o behaviorismo a um novo patamar com o condicionamento operante, destacando o papel das consequências (reforço e punição) na aprendizagem de novos comportamentos. Sua ênfase era em como o ambiente molda a ação humana.
Princípios centrais da primeira onda
- Comportamento como foco: tudo que o terapeuta observa é comportamento, seja motor, verbal ou fisiológico.
- Ambiente como determinante: o meio ambiente (estímulos, consequências) molda o comportamento.
- Aprendizagem como processo central: a mudança terapêutica ocorre por novos aprendizados e modelagem.
- Objetividade e mensuração: foco em dados observáveis, evitando interpretações subjetivas.
- Uso de técnicas específicas: reforçamento positivo, reforçamento negativo, extinção, modelagem, treino de habilidades sociais, dessensibilização sistemática, entre outras.
Aplicações clínicas da primeira onda
Apesar de parecer simples, a primeira onda trouxe avanços revolucionários para a prática clínica, com técnicas ainda amplamente utilizadas hoje. Veja alguns exemplos:
1. Transtornos de ansiedade
Técnicas como dessensibilização sistemática e exposição graduada foram fundamentais no tratamento de fobias e transtornos de ansiedade.
2. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
O uso de reforço positivo e estratégias de modificação do ambiente são eficazes para promover comportamentos adaptativos em crianças e adolescentes.
3. Autismo
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA), baseada em princípios da primeira onda, é uma das abordagens mais eficazes no tratamento de crianças com TEA.
4. Treinamento de habilidades sociais
Comportamentos como assertividade, empatia e resolução de conflitos são ensinados por meio de modelagem, ensaio comportamental e reforçamento.
Limites da primeira onda
Apesar de seus méritos, a primeira onda também apresentava limitações:
- Ignorava processos mentais como cognição, emoção e motivação;
- Tinha dificuldade em lidar com problemas internalizantes, como depressão e baixa autoestima;
- Era percebida como mecanicista e desumanizante por alguns autores.
Essas limitações abriram caminho para a segunda onda, que introduziu os pensamentos como foco terapêutico – movimento liderado por Aaron Beck e Albert Ellis.
Relevância atual da primeira onda
Apesar da evolução da TCC, a primeira onda permanece viva e útil na clínica contemporânea. Muitas técnicas comportamentais são utilizadas dentro de programas cognitivos, neuropsicológicos e educacionais. Além disso, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) continua sendo uma das abordagens mais estudadas e utilizadas no Brasil.
Conclusão
A primeira onda da TCC foi o alicerce para todas as demais. Ao colocar o comportamento no centro da análise e intervenção, ela contribuiu para tornar a psicoterapia mais científica, objetiva e mensurável. Mesmo com o avanço das ondas seguintes, os fundamentos do comportamentalismo seguem relevantes e indispensáveis para a prática clínica.
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