Para quem a ACT é indicada? Principais transtornos tratados
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A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é uma abordagem moderna da psicoterapia, inserida no grupo das terapias de terceira onda da TCC. Seu foco na aceitação de experiências internas, na ação guiada por valores e na atenção plena a torna especialmente eficaz para uma ampla variedade de condições clínicas. Mas afinal, para quais pacientes a ACT é mais indicada? Em que transtornos ela demonstra maior eficácia? E como saber se ela é a escolha certa para um determinado caso?
Neste artigo, vamos explorar os principais contextos clínicos em que a ACT é indicada, com base nas evidências científicas disponíveis, além de apresentar exemplos de aplicação e os benefícios dessa abordagem.
O que torna a ACT uma terapia versátil?
Diferentemente de abordagens centradas na modificação do conteúdo dos pensamentos, a ACT busca alterar a relação do paciente com seus pensamentos e emoções. Isso permite que a pessoa possa agir de forma mais alinhada com seus valores, mesmo diante de sofrimento emocional. Essa perspectiva torna a ACT eficaz em contextos clínicos diversos, inclusive em situações de sofrimento crônico, transtornos resistentes ou comorbidades complexas.
Além disso, sua estrutura baseada em processos (e não apenas em categorias diagnósticas) permite que a ACT seja aplicada de maneira transdiagnóstica, o que amplia seu alcance terapêutico.
Transtornos para os quais a ACT é indicada
1. Transtornos de ansiedade
A ACT tem sido amplamente utilizada no tratamento de fobias, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico e transtorno de ansiedade social. Seu foco na aceitação da ansiedade, em vez de evitá-la, e na ação comprometida com os valores pessoais tem mostrado resultados eficazes.
Benefícios: redução da evitação experiencial, aumento da exposição consciente e melhora do funcionamento social e ocupacional.
2. Transtornos depressivos
Em casos de depressão, a ACT ajuda o paciente a sair da ruminação e da paralisia comportamental ao reforçar o engajamento em atividades com significado. A ação comprometida, mesmo diante da tristeza ou da desesperança, é uma das chaves para a melhoria clínica.
Estudo de apoio: pesquisas indicam que a ACT é tão eficaz quanto a TCC tradicional no tratamento da depressão, com maior impacto na prevenção de recaídas.
3. Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
Embora não seja a abordagem padrão para o TOC, a ACT tem se mostrado eficaz ao trabalhar a fusão cognitiva e a evitação experiencial, incentivando o paciente a aceitar pensamentos obsessivos sem agir compulsivamente.
Complementariedade: pode ser usada em conjunto com a exposição com prevenção de resposta (EPR), ampliando os efeitos terapêuticos.
4. Transtornos alimentares
A ACT auxilia pacientes com anorexia, bulimia e compulsão alimentar a desenvolver uma relação mais flexível com o corpo, os pensamentos sobre comida e os sentimentos de culpa. A aceitação da experiência emocional e a ação guiada por valores de saúde e autocuidado são pilares nesse contexto.
5. Dor crônica
A ACT é uma das abordagens com maior evidência no tratamento da dor crônica. Ao invés de lutar contra a dor, o paciente é encorajado a se engajar em uma vida significativa, mesmo com a presença da dor.
Impacto clínico: melhora da qualidade de vida, diminuição da catastrofização e aumento da funcionalidade.
6. Transtornos de personalidade
Especialmente no transtorno de personalidade borderline, a ACT pode ser utilizada para trabalhar impulsividade, sofrimento emocional intenso e dificuldade em manter vínculos. Quando integrada com a DBT, fortalece o foco na aceitação e na ação comprometida.
7. Abuso de substâncias
A ACT tem sido empregada em programas de prevenção de recaídas e reabilitação, promovendo a substituição do comportamento de evitação (uso de substâncias) por ações alinhadas com valores como liberdade, conexão e saúde.
8. Luto, trauma e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
A ACT ajuda pacientes a processar experiências traumáticas e perdas significativas sem cair na evitação experiencial. Ao focar no presente e nos valores, a ACT favorece o reengajamento com a vida e a superação do trauma.
9. Estresse ocupacional e burnout
No contexto do trabalho, a ACT tem se mostrado útil para profissionais que enfrentam sobrecarga, exaustão emocional e perda de propósito. Por meio da reconexão com valores e da aceitação do desconforto, é possível promover escolhas mais saudáveis e sustentáveis.
ACT como abordagem transdiagnóstica
Mais do que uma terapia voltada a um único transtorno, a ACT é considerada uma abordagem transdiagnóstica, pois atua sobre processos psicológicos centrais comuns a diferentes quadros clínicos:
- Evitação experiencial
- Fusão cognitiva
- Rigidez comportamental
- Falta de clareza de valores
- Desconexão do momento presente
Ao trabalhar esses processos, a ACT pode ser aplicada de forma eficaz em casos complexos, com múltiplas comorbidades e sofrimento persistente.
Para quem a ACT NÃO é indicada?
Embora seja bastante abrangente, a ACT pode não ser a melhor escolha em alguns casos:
- Pacientes com quadro psicótico agudo e desorganização severa, que exigem estabilização antes de processos mais abstratos;
- Situações em que o paciente não possui condições mínimas de insight ou de compreender conceitos como valores e aceitação;
- Momentos de crise aguda com risco iminente, em que o foco deve estar em contenção e segurança.
Nestes casos, outras abordagens mais estruturadas ou protocolos de estabilização podem ser mais indicados.
Conclusão
A ACT é uma abordagem poderosa, compassiva e cientificamente validada para uma ampla gama de transtornos e contextos clínicos. Sua ênfase na aceitação, na ação comprometida e nos valores permite ao paciente viver com mais autenticidade, mesmo em meio ao sofrimento. Profissionais que dominam essa abordagem têm em mãos um recurso versátil e profundamente transformador.
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