Como as ondas da TCC influenciam a formação de psicólogos e terapeutas?
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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é conhecida por sua base empírica sólida e por sua eficácia no tratamento de diversos transtornos mentais. Desde seu surgimento, porém, essa abordagem vem passando por evoluções conceituais, dando origem ao que se costuma chamar de primeira, segunda e terceira ondas da TCC. Cada uma dessas ondas trouxe novos pressupostos teóricos, técnicas e implicações práticas — e, consequentemente, impactos profundos na formação de psicólogos e terapeutas.
Neste texto, vamos explorar como as diferentes ondas da TCC influenciam o modo de preparar futuros profissionais, tanto em âmbito acadêmico quanto em cursos de especialização e formação continuada. Se você deseja se aprofundar em Terapias de Terceira Onda, Neuropsicologia ou Avaliação Neuropsicológica, recomendamos acessar o nosso blog, onde encontrará artigos, estudos de caso e discussões relevantes. Além disso, convidamos a conhecer a nossa Formação Permanente, voltada a quem deseja uma base sólida e atualizada em Intervenções Cognitivas e Comportamentais.
Índice
- Entendendo as três ondas da TCC
1.1 Primeira onda: o Behaviorismo
1.2 Segunda onda: a ênfase nos processos cognitivos
1.3 Terceira onda: aceitação, mindfulness e valores - A influência das ondas na formação acadêmica
2.1 Disciplinas introdutórias e história da TCC
2.2 Integração com abordagens de base empírica
2.3 Mudança de paradigma no ensino de técnicas - A evolução no treinamento de terapeutas
3.1 Habilidades comportamentais e manejo de contingências
3.2 Reestruturação cognitiva e psicoeducação
3.3 Técnicas de aceitação e mindfulness - Desafios e oportunidades na prática clínica
4.1 Adaptação cultural e necessidades do paciente
4.2 Combinação das ondas em tratamentos individualizados
4.3 Pesquisa e ética na formação de terapeutas - Tendências atuais e perspectivas futuras
5.1 Terapias híbridas e uso de tecnologia
5.2 Fortalecimento de redes de supervisão e treinamento contínuo
5.3 Expansão das Terapias de Terceira Onda no meio acadêmico - Conclusão e próximos passos
1. Entendendo as três ondas da TCC
Para compreender como as ondas da TCC influenciam a formação de psicólogos e terapeutas, é essencial revisitar brevemente o que caracteriza cada uma delas.
1.1 Primeira onda: o Behaviorismo
A primeira onda da TCC tem suas raízes no Behaviorismo, que se destacou no início e em meados do século XX com autores como John B. Watson e B. F. Skinner. O foco do Behaviorismo está nos comportamentos observáveis e na aprendizagem, enfatizando a importância de reforçadores e contingências para modificar comportamentos desadaptativos.
- Contribuição para a formação: Nessas bases, o futuro terapeuta aprende a analisar situações-problema com foco em estímulos, respostas e consequências. Técnicas como dessensibilização sistemática, modelagem e treino de habilidades sociais surgem nesse contexto e ainda hoje compõem o repertório de terapeutas.
1.2 Segunda onda: a ênfase nos processos cognitivos
A segunda onda marca a introdução dos processos cognitivos como elementos centrais de intervenção. Autores como Aaron Beck e Albert Ellis propuseram que os pensamentos e crenças exercem influência decisiva nas emoções e comportamentos. Logo, identificar e modificar pensamentos automáticos e distorções cognitivas tornou-se a espinha dorsal da TCC clássica.
- Contribuição para a formação: A inclusão de técnicas de reestruturação cognitiva, psicoeducação e monitoramento de pensamento agregou uma base teórico-prática voltada aos processos mentais subjacentes às reações emocionais e comportamentais. Os estudantes aprendem, por exemplo, a conduzir a “flecha descendente” para identificar crenças centrais ou a aplicar escalas de autorregistros, trabalhando com hipóteses cognitivo-comportamentais de modo estruturado.
1.3 Terceira onda: aceitação, mindfulness e valores
A terceira onda surge no final do século XX e começo do século XXI, introduzindo conceitos como aceitação, mindfulness e o trabalho com valores pessoais no processo terapêutico. Aqui encontramos abordagens como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), a Terapia Comportamental Dialética (DBT) e a Mindfulness-Based Cognitive Therapy (MBCT).
- Contribuição para a formação: Os futuros terapeutas aprendem o uso de mindfulness para autorregulação emocional, as práticas de aceitação para lidar com pensamentos e emoções negativas sem precisar suprimi-los e o foco em valores para guiar decisões e comportamentos. Essa mudança de paradigma incorpora técnicas comportamentais e cognitivas, mas ultrapassa a reestruturação de pensamentos, acolhendo uma visão de flexibilidade psicológica e compaixão como centrais no processo terapêutico.
2. A influência das ondas na formação acadêmica
2.1 Disciplinas introdutórias e história da TCC
As faculdades de Psicologia costumam oferecer, em algum momento do curso, disciplinas que abordam os fundamentos históricos da TCC. Em tais disciplinas, o estudante é apresentado às premissas do Behaviorismo, do Cognitivismo e às novas propostas da Terceira Onda. Embora o tempo dedicado possa variar, esse panorama prepara o terreno para a compreensão de como as diferentes técnicas e perspectivas evoluíram e se complementam.
2.2 Integração com abordagens de base empírica
Um ponto marcante na formação de terapeutas cognitivo-comportamentais é a ênfase na base empírica da intervenção psicológica. Desde a primeira onda, a TCC construiu solidez em pesquisas quantitativas e estudos de caso controlados. Nas universidades, muitas vezes são apresentadas as evidências de eficácia em transtornos como ansiedade, depressão, pânico e TEPT, o que estimula nos alunos uma mentalidade de busca constante de evidências para embasar suas intervenções.
2.3 Mudança de paradigma no ensino de técnicas
O conteúdo teórico e prático evolui à medida que os estudantes avançam nos semestres. Inicialmente, há o aprendizado de análise funcional e manejo de contingências, típicos do Behaviorismo. Em seguida, entram técnicas de segunda onda, como a reestruturação cognitiva, e, por fim, introduzem-se exercícios de mindfulness, aceitação e trabalho com valores pessoais (terceira onda). Muitas faculdades já incluem laboratórios de prática supervisionada para cada uma dessas fases, permitindo que o aluno exercite as competências em cenários clínicos simulados ou com pacientes reais em serviços-escola.
3. A evolução no treinamento de terapeutas
3.1 Habilidades comportamentais e manejo de contingências
Na primeira onda, a ênfase recai na compreensão de como estímulos e reforços controlam comportamentos. O terapeuta em formação aprende a:
- Analisar contingências: Identificar antecedentes e consequências do comportamento-problema, mapeando potenciais reforçadores ou punições.
- Planejar intervenções comportamentais: Aplicar técnicas como economia de fichas, exposição gradual e treino de habilidades sociais.
3.2 Reestruturação cognitiva e psicoeducação
Com a segunda onda, a formação passa a contemplar:
- Identificação de distorções cognitivas: “Tudo ou nada”, catastrofização, leitura mental, entre outras.
- Psicoeducação: Explicar ao paciente a ligação entre pensamentos, emoções e comportamentos, fomentando maior autorresponsabilização.
- Técnicas de modificação: Substituir pensamentos automáticos negativos por formulações mais realistas, acompanhar por autorregistros e exposição a situações temidas.
3.3 Técnicas de aceitação e mindfulness
Na terceira onda, surgem práticas inovadoras que convidam o futuro terapeuta a trabalhar não só com a modificação de conteúdo dos pensamentos, mas também com o relacionamento que o paciente tem com eles:
- Exercícios de mindfulness: Corpo, respiração, sons, varredura corporal.
- Aceitação e compromisso: Reconhecer experiências internas sem fuga ou supressão, agindo segundo valores centrais.
- Dialética e regulação emocional (DBT): Acolher emoções intensas sem julgamento e aprender estratégias comportamentais eficazes, integrando validação e mudança.
4. Desafios e oportunidades na prática clínica
4.1 Adaptação cultural e necessidades do paciente
O terapeuta brasileiro em formação precisa considerar diferenças regionais, crenças e valores do público-alvo, adaptando técnicas consagradas internacionalmente à realidade local. Embora as três ondas forneçam um arcabouço robusto, o profissional deve calibrar a abordagem segundo a cultura, a escolaridade e os recursos do paciente.
4.2 Combinação das ondas em tratamentos individualizados
Apesar de serem discutidas como ondas cronologicamente distintas, na prática clínica é bastante comum que um profissional integre elementos comportamentais, cognitivos e de mindfulness/aceitação para cada caso. O desafio está em como costurar essas técnicas de maneira coerente, sem perder de vista a singularidade de cada paciente.
4.3 Pesquisa e ética na formação de terapeutas
Os programas de formação, tanto na graduação quanto na pós-graduação, têm enfatizado a relevância de pesquisar a eficácia das intervenções, gerando estudos de caso ou revisões sistemáticas. Além disso, a atuação terapêutica requer uma postura ética, o que implica consentimento informado, sigilo, respeito às minorias e aos limites de competência profissional.
5. Tendências atuais e perspectivas futuras
5.1 Terapias híbridas e uso de tecnologia
Vivemos a era digital, e muitos programas de formação já inserem telepsicologia no currículo, além de apresentarem aplicativos e plataformas que auxiliam no monitoramento de sintomas e no exercício de técnicas TCC. O mindfulness virtual ou as intervenções guiadas por IA (Inteligência Artificial) tendem a ganhar relevância, exigindo que os futuros terapeutas estejam aptos a lidar com esses recursos.
5.2 Fortalecimento de redes de supervisão e treinamento contínuo
Outro ponto notável é a consciência de que a formação não se encerra com a conclusão da faculdade ou da especialização. As três ondas da TCC seguem evoluindo, gerando novas abordagens híbridas (como FAP, CFT) e exigindo supervisões regulares para a manutenção e aperfeiçoamento das habilidades clínicas. Organizações e centros de treinamento começam a oferecer programas continuados, criando um ecossistema de suporte profissional.
5.3 Expansão das Terapias de Terceira Onda no meio acadêmico
No momento, Terapias de Terceira Onda se tornam cada vez mais populares, dada sua eficácia em transtornos complexos (como borderline, dependência química, transtornos alimentares) e em populações diversas (crianças, adolescentes e idosos). Isso pressiona as faculdades a incorporarem, em suas grades, disciplinas e estágios que dialoguem com esses modelos de aceitação, mindfulness e valores, preparando o estudante para demandas contemporâneas da saúde mental.
6. Conclusão e próximos passos
As ondas da TCC exercem impacto direto na forma como psicólogos e terapeutas são formados no Brasil e no mundo. Enquanto a primeira onda (behaviorismo) trouxe a estruturação do raciocínio clínico baseado na análise funcional e no manejo de contingências, a segunda onda (cognitivismo) incorporou as técnicas de reestruturação de pensamentos e crenças. Por fim, a terceira onda adicionou elementos de aceitação, mindfulness e trabalho com valores, enriquecendo a caixa de ferramentas terapêuticas e expandindo o alcance da TCC a contextos cada vez mais diversos e complexos.
Para o futuro terapeuta, compreender esse fluxo histórico e conceitual não é apenas uma questão de curiosidade acadêmica, mas de competência clínica, pois a integração das diferentes ondas permite intervenções mais personalizadas e eficazes. Se você deseja se aprofundar em Neuropsicologia, Avaliação Neuropsicológica e nas próprias Terapias de Terceira Onda, convidamos você a conhecer a nossa Formação Permanente na IC&C (Intervenções Cognitivas e Comportamentais). O programa visa formar profissionais que dominem, de maneira sólida e prática, as inovações e fundamentos da TCC em suas várias fases.
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