Avaliação de Habilidades Visuoespaciais com a Figura Complexa de Rey
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A Figura Complexa de Rey é um instrumento amplamente utilizado na avaliação neuropsicológica para medir habilidades visuoespaciais e de memória. Este artigo explora sua história, aplicações clínicas, vantagens e limitações, além de destacar a importância do raciocínio clínico e da escuta ativa no contexto da avaliação.
O que é a Figura Complexa de Rey?
A Figura Complexa de Rey é uma ferramenta de avaliação neuropsicológica projetada para investigar habilidades visuoespaciais, planejamento e memória visual. Desenvolvida pelo neuropsicólogo André Rey na década de 1940, ela é composta por um desenho intrincado que deve ser reproduzido pelo paciente em diferentes etapas.
Essa tarefa avalia não apenas a capacidade de copiar o estímulo, mas também a memória visual a curto e longo prazo, sendo frequentemente utilizada em avaliações para:
- Diagnóstico de transtornos neurológicos como demência e lesões cerebrais.
- Identificação de déficits cognitivos relacionados a habilidades visuoespaciais.
- Acompanhamento de condições psiquiátricas, como depressão e esquizofrenia.
Estrutura da Tarefa
A avaliação com a Figura Complexa de Rey é geralmente dividida em três fases:
- Cópia Imediata: O paciente reproduz a figura enquanto a observa.
- Recordação Imediata: Após um curto intervalo, é solicitado que ele desenhe a figura de memória.
- Recordação Tardia: Após 30 minutos ou mais, o paciente tenta desenhar novamente a figura sem referência.
Contextos de Aplicação
A Figura Complexa de Rey é amplamente utilizada em contextos clínicos e de pesquisa devido à sua simplicidade e eficácia. Alguns dos principais contextos incluem:
1. Avaliação de Doenças Neurológicas
- Diagnóstico de doenças como Alzheimer e outras demências.
- Avaliação de sequelas de traumatismos cranioencefálicos ou AVCs.
2. Contexto Psiquiátrico
- Investigação de dificuldades cognitivas associadas à depressão maior.
- Análise de alterações cognitivas em transtornos como esquizofrenia.
3. Reabilitação Cognitiva
- Monitoramento de progressos em programas de reabilitação.
- Identificação de áreas de melhora ou déficit persistente.
4. Educação e Desenvolvimento Infantil
- Avaliação de habilidades visuoespaciais em crianças com dificuldades de aprendizado.
A Importância do Raciocínio Clínico
Embora a Figura Complexa de Rey seja uma ferramenta poderosa, seu uso deve ser contextualizado. Avaliar os resultados exige mais do que comparar as pontuações com normas estabelecidas; é necessário interpretar os dados dentro do contexto do paciente.
Aspectos Cruciais no Processo de Avaliação:
- Escuta Clínica: Entender a história de vida e as queixas específicas do paciente.
- Análise Qualitativa: Avaliar não apenas a pontuação, mas também o estilo de execução, como hesitações, erros recorrentes e estratégias utilizadas.
- Integração com Outros Instrumentos: Combinar os resultados da Figura Complexa de Rey com outros testes, como o Trail Making Test e o Teste do Desenho do Relógio, para uma visão abrangente.
Vantagens da Figura Complexa de Rey
- Versatilidade: Pode ser usada em diferentes faixas etárias e condições clínicas.
- Facilidade de Aplicação: Não exige equipamentos sofisticados.
- Validade Científica: Ampla base de estudos que sustentam sua eficácia.
Limitações da Figura Complexa de Rey
Apesar de seus benefícios, é importante reconhecer suas limitações:
- Subjetividade na Pontuação: A interpretação pode variar entre avaliadores.
- Influência de Fatores Externos: Condições como ansiedade ou fadiga podem impactar o desempenho.
- Dependência de Outras Funções Cognitivas: A tarefa pode ser influenciada por déficits motores ou de atenção, mascarando os resultados relacionados às habilidades visuoespaciais.
Passo a Passo para Aplicação da Figura Complexa de Rey
1. Preparação do Ambiente
Certifique-se de que o ambiente esteja tranquilo e livre de distrações.
2. Orientação ao Paciente
Explique a tarefa de forma clara, destacando que não há "respostas certas ou erradas".
3. Realização das Três Etapas
- Forneça papel e lápis adequados.
- Instrua o paciente a copiar a figura com atenção, sem restrição de tempo.
- Após o tempo necessário, prossiga com as etapas de recordação imediata e tardia.
4. Registro e Análise
- Documente os desenhos realizados em cada etapa.
- Utilize sistemas de pontuação padronizados para análise quantitativa.
Conclusão
A Figura Complexa de Rey é um recurso valioso para avaliar habilidades visuoespaciais e memória visual, contribuindo para o diagnóstico e acompanhamento de diversas condições. Contudo, sua eficácia depende de uma aplicação cuidadosa, do raciocínio clínico e da integração com outros instrumentos, como o Mini-Exame do Estado Mental.
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