Por que a terceira onda da TCC é considerada uma abordagem mais holística?
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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais consolidadas da psicologia contemporânea, com décadas de pesquisas e aplicações clínicas em diversos contextos. Ao longo do tempo, essa abordagem passou por transformações conceituais que culminaram na chamada “terceira onda” — uma fase marcada por inovações que tornaram a TCC mais abrangente, flexível e sensível à complexidade da experiência humana.
Mas por que essa nova fase da TCC é considerada mais holística do que as anteriores? O que significa, afinal, uma abordagem holística dentro da psicoterapia? E como isso se reflete na prática clínica?
Neste artigo, exploramos as razões pelas quais a terceira onda da TCC se destaca por seu olhar ampliado sobre o sofrimento humano, integrando ciência, contexto, corpo, linguagem e valores.
O que significa “holístico” em psicoterapia?
Na psicologia clínica, o termo “holístico” não se refere a ideias místicas ou desvinculadas da ciência, mas sim a uma compreensão mais ampla, integrada e contextualizada do ser humano.
Uma abordagem é considerada holística quando:
- Leva em conta mais do que os sintomas apresentados;
- Considera o indivíduo em sua integração de mente, corpo, emoções e relações;
- Valoriza a subjetividade e a experiência interna como parte do processo terapêutico;
- Trabalha com contextos, funções e significados, e não apenas com formas de pensar ou agir.
É nesse sentido que a terceira onda da TCC é vista como uma abordagem mais holística — por buscar compreender o ser humano em sua totalidade funcional e vivencial, sem deixar de lado o rigor científico.
O que é a terceira onda da TCC?
A terceira onda da TCC reúne um conjunto de abordagens desenvolvidas a partir da década de 1990, que compartilham uma base comportamental contextual, mas que expandem os focos tradicionais da terapia cognitiva para incluir:
- Mindfulness e consciência do momento presente
- Aceitação de pensamentos e emoções difíceis
- Valores pessoais e propósito de vida
- Relação terapêutica como ferramenta ativa
- Autocompaixão, autorregulação e neuroplasticidade
Entre as principais abordagens da terceira onda, destacam-se:
- ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso)
- DBT (Terapia Comportamental Dialética)
- MBCT (Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness)
- FAP (Psicoterapia Analítica Funcional)
👉 Veja uma visão geral das terapias da terceira onda neste artigo
Por que a terceira onda é mais holística?
1. Integra razão e emoção
A segunda onda focava na correção de pensamentos distorcidos. A terceira onda propõe um diálogo entre mente e corpo, validando emoções e ensinando estratégias para regular, acolher e conviver com elas.
2. Foca na relação com a experiência, não no conteúdo
Em vez de eliminar pensamentos negativos, a ACT e a MBCT ajudam o paciente a mudar sua relação com os pensamentos, tornando-os menos dominantes.
3. Trabalha com o contexto, e não só com o sintoma
As terapias da terceira onda consideram a função do comportamento no ambiente do paciente, favorecendo intervenções contextualizadas.
4. Inclui o corpo no processo terapêutico
Técnicas como escaneamento corporal, respiração consciente e atenção plena colocam o corpo como parte ativa na mudança psicológica.
5. Valoriza a conexão com o que é significativo
Valores pessoais, propósitos de vida e ações alinhadas ao que importa ganham protagonismo. A pergunta não é “como eliminar o sintoma?”, mas “como viver uma vida que vale a pena, mesmo com dor?”
👉 Leia mais sobre a importância dos valores na ACT
6. Promove a aceitação como estratégia de mudança
A aceitação não é resignação, mas uma postura ativa e corajosa diante da realidade interna. Isso amplia a autonomia e reduz o sofrimento gerado pela luta contra o inevitável.
Implicações clínicas: o que muda na prática?

A terceira onda não exclui técnicas anteriores, mas as ressignifica dentro de um contexto mais amplo e flexível.
Quando essa abordagem é mais indicada?
- Transtornos crônicos e resistentes ao tratamento
- Dor crônica e condições médicas
- Transtornos de personalidade
- Compulsões e comportamentos automáticos
- Vazios existenciais e falta de sentido
- Ansiedade generalizada com ruminação intensa
- Luto, trauma e transições de vida
👉 Veja estudos de caso com ACT aplicando esse olhar holístico
A importância da postura do terapeuta
Uma abordagem holística exige também um terapeuta:
- Presente, atento e consciente
- Capaz de tolerar o desconforto junto ao paciente
- Disposto a abrir espaço para emoções complexas
- Conectado com seus próprios valores profissionais
A relação terapêutica deixa de ser apenas um meio para aplicar técnicas e se torna parte da cura em si.
Conclusão
A terceira onda da TCC é considerada mais holística porque amplia a forma de entender o sofrimento humano. Ela não busca apenas “consertar” o que está disfuncional, mas cultivar a presença, o senso de propósito, a aceitação e a liberdade de escolha. É uma abordagem que convida o paciente — e o terapeuta — a viver de forma mais plena, mesmo diante das inevitabilidades da vida.
Tratar a dor, sim. Mas também reconhecer a beleza, a complexidade e as possibilidades que existem em cada ser humano.
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