O papel da autocompaixão na Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT)
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A Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT) é uma abordagem terapêutica que combina os princípios da terapia cognitiva com práticas de mindfulness (atenção plena), visando a prevenção de recaídas em episódios depressivos, bem como o tratamento de diversos transtornos emocionais e comportamentais. Um dos componentes essenciais dessa abordagem é a prática da autocompaixão, um conceito que tem ganhado cada vez mais destaque nas terapias psicológicas, especialmente em modelos focados na regulação emocional e na aceitação.
A autocompaixão envolve tratar a si mesmo com bondade, empatia e compreensão nos momentos de sofrimento ou falha, ao invés de ser autocrítico ou se envolver em autossabotagem. Na MBCT, a autocompaixão é usada como uma ferramenta para cultivar uma atitude mais gentil e acolhedora em relação a si mesmo, o que pode ajudar a diminuir os sintomas de ansiedade, depressão e outros transtornos emocionais.
1. O que é Autocompaixão?
A autocompaixão é a capacidade de se tratar com a mesma gentileza, cuidado e compreensão que se oferece a um amigo querido que está passando por dificuldades. Ela envolve três componentes principais:
- Autobondade: Trata-se de ser gentil consigo mesmo, especialmente em momentos de falha ou sofrimento, ao invés de se criticar severamente.
- Humanidade compartilhada: Reconhecer que o sofrimento faz parte da experiência humana comum e que todos enfrentam dificuldades, o que nos conecta aos outros.
- Mindfulness (atenção plena): Envolver-se com os próprios sentimentos de forma equilibrada, sem exagerar ou minimizar a dor, aceitando a experiência sem julgamento.
Em vez de se concentrar em como "deveria ser", a autocompaixão promove uma aceitação incondicional de quem somos, com todas as nossas imperfeições.
2. Autocompaixão na MBCT: Um Aliado Contra a Autocrítica
A MBCT tem como um de seus principais objetivos ajudar os indivíduos a interromperem padrões automáticos de pensamento negativo e autocrítico, que frequentemente contribuem para a recaída em transtornos como a depressão. Esses padrões de pensamento podem incluir crenças como "não sou bom o suficiente" ou "eu nunca consigo fazer nada direito", que alimentam um ciclo de sofrimento emocional.
Nesse contexto, a autocompaixão é uma resposta direta ao padrão de autocrítica que é comum em indivíduos com transtornos de humor. Ao cultivar a autocompaixão, a pessoa aprende a se distanciar dos pensamentos negativos e a tratá-los com uma atitude mais amável e aceitando. Essa mudança de perspectiva pode reduzir o impacto emocional dos pensamentos negativos, criando um espaço para a cura e o crescimento emocional.
3. Como a Autocompaixão é Integrada na MBCT
Dentro da MBCT, a prática de autocompaixão é integrada de diversas maneiras, sendo uma das abordagens mais eficazes para ajudar os pacientes a lidarem com a dor emocional. Alguns dos métodos utilizados incluem:
- Meditação de compaixão e mindfulness: Durante as sessões de mindfulness, os pacientes são guiados a focar na respiração e nas sensações do corpo, ao mesmo tempo em que são incentivados a cultivar uma atitude de aceitação e bondade em relação a seus pensamentos e emoções.
- Diário de autocompaixão: O terapeuta pode sugerir que o paciente registre seus pensamentos e sentimentos durante momentos difíceis e, em seguida, escreva uma resposta compassiva para si mesmo. Esse exercício ajuda a cultivar uma atitude de cuidado e compreensão em relação às próprias falhas ou dificuldades.
- Prática de atitudes de autocuidado: A MBCT também incentiva os pacientes a incorporarem práticas de autocuidado em sua rotina diária, como reservar momentos para o relaxamento e para a realização de atividades prazerosas, como uma forma de promover o bem-estar emocional.
- Reestruturação cognitiva com foco na autocompaixão: Durante a terapia, o paciente é incentivado a reavaliar seus pensamentos negativos de forma a incorporar uma abordagem mais compassiva. Por exemplo, em vez de pensar "eu falhei, e isso prova que não sou bom o suficiente", a pessoa pode ser orientada a pensar "todos cometem erros, e isso não define quem eu sou como pessoa".
4. Benefícios da Autocompaixão na MBCT
A inclusão da autocompaixão na MBCT traz uma série de benefícios significativos para os pacientes, como:
- Redução da autocrítica e do sofrimento emocional: Ao cultivar a autocompaixão, os indivíduos se tornam menos críticos consigo mesmos, o que reduz a intensidade de emoções negativas como culpa, vergonha e tristeza.
- Aumento da resiliência emocional: A autocompaixão fortalece a capacidade de lidar com dificuldades e adversidades de forma saudável, sem se deixar dominar pela negatividade.
- Melhora na regulação emocional: Com a prática da autocompaixão, as pessoas desenvolvem uma maior capacidade de reconhecer, aceitar e regular suas emoções, o que contribui para o controle da ansiedade, depressão e outros distúrbios emocionais.
- Prevenção de recaídas em transtornos de depressão: A MBCT com foco na autocompaixão tem mostrado ser eficaz na prevenção de recaídas em pessoas com histórico de depressão, ao ajudá-las a lidar melhor com os gatilhos emocionais sem cair em padrões negativos de pensamento.
- Maior conexão com os outros: Quando uma pessoa é mais compassiva consigo mesma, ela tende a ser mais compassiva com os outros, melhorando suas relações interpessoais e promovendo um senso de comunidade e apoio.
5. Desafios da Prática de Autocompaixão
Embora a autocompaixão traga muitos benefícios, algumas pessoas podem enfrentar desafios ao tentar incorporá-la em suas vidas. Pessoas com alta autocrítica, por exemplo, podem achar difícil aceitar a ideia de serem gentis consigo mesmas, considerando que acreditam que a autocrítica é necessária para o crescimento. Nesses casos, o terapeuta pode precisar trabalhar de forma gradual, ajudando o paciente a superar a resistência à autocompaixão e a entender que ela não significa fraqueza ou complacência, mas sim um caminho para a cura emocional.
6. Conclusão
A autocompaixão é um componente essencial da Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT), desempenhando um papel crucial na redução do sofrimento emocional e na promoção da cura. Ao cultivar uma atitude mais gentil, empática e compreensiva consigo mesmo, os pacientes podem interromper ciclos de autocrítica, aumentar sua resiliência emocional e melhorar sua capacidade de lidar com as dificuldades da vida. A prática de autocompaixão, integrada à MBCT, oferece uma abordagem poderosa e eficaz no tratamento de uma variedade de transtornos emocionais, promovendo bem-estar e um estado de equilíbrio emocional duradouro.
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