A Hexaflex da ACT: explorando os seis processos centrais
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A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é uma das abordagens mais influentes da chamada terceira onda da TCC. Com base no contextualismo funcional e sustentada pela Teoria das Molduras Relacionais (RFT), a ACT visa ajudar as pessoas a construírem uma vida significativa enquanto acolhem com abertura os aspectos difíceis da experiência humana.
No centro dessa proposta está o modelo Hexaflex, que organiza os seis processos psicológicos centrais promovidos pela ACT. Compreender o Hexaflex é essencial para qualquer terapeuta que deseje aplicar essa abordagem com consistência clínica e coerência teórica.
Neste artigo, vamos explorar cada um dos seis processos do Hexaflex, suas interações e aplicações clínicas.
O que é o modelo Hexaflex?
O Hexaflex é uma representação gráfica (em forma de hexágono) dos seis processos psicológicos centrais que sustentam a flexibilidade psicológica, o objetivo fundamental da ACT.
Esses processos são:
- Aceitação
- Defusão cognitiva
- Contato com o momento presente
- Eu como contexto
- Valores
- Ação comprometida
Todos eles se inter-relacionam e se fortalecem mutuamente. Não são etapas lineares, mas sim componentes interativos de um mesmo processo terapêutico.
1. Aceitação
A aceitação em ACT não é resignação, mas sim abertura voluntária e intencional para a experiência interna — pensamentos, sentimentos, sensações — sem tentar evitá-la, suprimi-la ou controlá-la.
Aplicações clínicas:
- Transtornos de ansiedade: aceitar o medo sem evitá-lo.
- Depressão: permitir o desconforto sem se paralisar.
- Dor crônica: agir com dor, sem esperar ela desaparecer.
👉 Leia mais sobre aceitação na ACT neste artigo.
2. Defusão cognitiva
A defusão refere-se à capacidade de descolar-se dos pensamentos, reconhecendo que eles são apenas produtos da mente — não verdades absolutas, ordens ou ameaças.
Técnicas comuns:
- Repetição de palavras (ex.: “banana, banana, banana...”).
- Nomear pensamentos (“estou tendo o pensamento de que...”).
- Imaginar pensamentos passando como nuvens.
A defusão ajuda a diminuir o poder que pensamentos disfuncionais têm sobre o comportamento.
3. Contato com o momento presente
Esse processo envolve atenção plena ao aqui e agora, com curiosidade e abertura, sem julgamento. É o componente mindfulness da ACT.
Utilizações na clínica:
- Redução de ruminação e preocupação.
- Reconhecimento dos padrões de evitação experiencial.
- Desenvolvimento de autorregulação emocional.
A prática de mindfulness é usada para cultivar esse estado de presença consciente.
4. Eu como contexto
Também chamado de "eu observador", esse processo ensina o paciente a perceber que ele não é seus pensamentos, emoções ou papéis, mas sim o espaço onde tudo isso acontece.
É um movimento em direção à desidentificação da mente, promovendo perspectiva, compaixão e desapego saudável.
Exemplo clínico:
“Sou um fracasso” se torna “Estou tendo o pensamento de que sou um fracasso”, e isso é observado com distância e cuidado.
5. Valores
Os valores em ACT são direções de vida — qualidades de ação que o paciente considera significativas e que orientam sua trajetória.
Perguntas terapêuticas:
- “Que tipo de pessoa você quer ser?”
- “O que realmente importa para você?”
- “Se a dor não fosse um problema, para onde você gostaria de ir?”
Explorar valores ajuda a dar sentido à mudança comportamental e sustenta a motivação ao longo do processo terapêutico.
6. Ação comprometida
É a implementação concreta de comportamentos alinhados com os valores, mesmo diante de pensamentos, emoções ou sintomas difíceis.
A ação comprometida é o braço executivo da ACT: ela transforma a aceitação e os valores em mudança real na vida do paciente.
Técnicas utilizadas:
- Planejamento de metas de curto prazo.
- Identificação de barreiras internas e externas.
- Uso de reforço positivo e autorreflexão.
O objetivo: flexibilidade psicológica
Todos esses seis processos são integrados com um único propósito: o desenvolvimento da flexibilidade psicológica, que pode ser definida como:
“A capacidade de estar presente com abertura e consciência e agir de forma consistente com seus valores, mesmo diante de experiências internas difíceis.”
Pessoas mais flexíveis psicologicamente tendem a apresentar:
- Menor sofrimento emocional
- Maior engajamento em atividades significativas
- Redução da evitação experiencial
- Resiliência diante de adversidades
Aplicações clínicas do Hexaflex

Na prática, todos os processos são explorados ao longo do processo terapêutico, com foco variável conforme o caso.
Conclusão
O Hexaflex é muito mais do que um esquema bonito: é um mapa clínico profundo e prático para promover mudança duradoura. Compreender seus seis processos é essencial para aplicar a ACT com consistência, criatividade e sensibilidade.
Mais do que controlar sintomas, a ACT — por meio do Hexaflex — ajuda pacientes a se reconectarem com suas vidas de forma plena e significativa.
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