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Avaliação Neuropsicológica

  • Avaliação dos déficits cognitivos, comportamentais e emocionais
  • Identificação de pontos fortes e fracos do funcionamento neuropsicológico
  • Direcionamento das intervenções com base no perfil do paciente


Intervenções Cognitivas

  • Reestruturação cognitiva
  • Treinamento de habilidades de mindfulness
  • Modificação de crenças disfuncionais
  • Terapia racional-emotiva


Intervenções Comportamentais

  • Condicionamento operante
  • Exposição gradual
  • Treinamento de habilidades sociais
  • Técnicas de relaxamento


Terapia Cognitivo-Comportamental

  • Integração estruturada das técnicas cognitivas e comportamentais
  • Avaliação, formulação de caso e planejamento do tratamento
  • Relação terapêutica colaborativa
  • Foco na modificação de padrões disfuncionais


Reabilitação Neuropsicológica

  • Restauração e compensação de funções cognitivas prejudicadas
  • Integração com abordagens cognitivas e comportamentais
  • Tratamento de condições como traumas cerebrais, demências, etc.


Pesquisa e Avaliação de Eficácia

  • Compreensão dos mecanismos neurocognitivos
  • Avaliação do impacto das intervenções por medidas neuropsicológicas
  • Desenvolvimento e aprimoramento das abordagens terapêuticas


Uma empresa criada por quem ama ser Psi

Juntamos as queixas de profissionais da área junto com nossa vivência, para proporcionar o melhor do que chamamos de quadrado de sustentação: produção científica, prática clínica, supervisão e carreira.

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Neuropsicóloga

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Psicólogo e Consultor

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Manuais e escalas de avaliação

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As perguntas mais frequentes que recebemos

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  • Dura pra sempre?

    Pra sempre é muita coisa, mas por sempre que o IC&C existir sim. Por isso o pagamento é mensalidade sem comprometer o cartão, tipo Netflix mesmo.

  • Posso confiar sendo barato assim?

    Caso ainda esteja desconfiado é só entrar, ver e caso não goste pedir o dinheiro de volta de forma automática. Por outro lado estamos falando de profissionais apaixonados pela transmissão do conhecimento e principalmente, pelo acesso à educação de ponta.

  • Para quem é esse curso?

    Prioritariamente para Neuropsicólogos, Psicólogos e Psiquiatras.

  • Tem certificado?

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  • Serve de especialização?

    Não. O IC&C é uma plataforma que veio para democratizar o acesso à educação de ponta, e a formação permanente surge como um desenvolvimento de carreira de altíssima qualidade com um custo x benefício incrível.

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Por Matheus Santos 16 de abril de 2025
O Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC) é uma condição muitas vezes subdiagnosticada, mas com impacto direto no desempenho escolar, nas habilidades de linguagem e na atenção. Frequentemente confundido com TDAH, dislexia ou dificuldades pedagógicas, o TPAC exige um olhar clínico cuidadoso — e a avaliação neuropsicológica desempenha papel fundamental nesse contexto . Neste artigo, você vai entender:  O que é o TPAC e como ele se manifesta; Quais os principais desafios diagnósticos; O papel da avaliação neuropsicológica na investigação; Como diferenciar TPAC de outros quadros clínicos; Quais testes são utilizados; E boas práticas na devolutiva e no encaminhamento interdisciplinar. O que é o Transtorno do Processamento Auditivo Central? O TPAC é caracterizado por uma dificuldade na forma como o cérebro interpreta e organiza os sons que chegam pelos ouvidos . Não se trata de uma perda auditiva periférica (que pode ser detectada por exames como audiometria), mas de um déficit nas etapas neurais superiores da audição. As alterações no processamento auditivo podem comprometer: A compreensão da fala em ambientes ruidosos; A discriminação entre sons semelhantes; A localização sonora; A memória auditiva de curto prazo; A atenção auditiva seletiva e sustentada. Sintomas comuns do TPAC Dificuldade em entender instruções verbais complexas; Pedir frequentemente que repitam o que foi dito; Problemas com ditados e ortografia; Leitura lenta ou com erros de decodificação; Trocas fonêmicas na fala ou escrita; Desatenção aparente em sala de aula; Desempenho abaixo do esperado em atividades que envolvem linguagem oral e escrita. 👉 Veja também: Avaliação neuropsicológica no TDAH: critérios, instrumentos e interpretação clínica Diagnóstico diferencial: TPAC x TDAH x Dislexia O TPAC muitas vezes coexiste ou é confundido com outras condições. Veja as principais diferenças:
Por Matheus Santos 15 de abril de 2025
Os videogames fazem parte da vida de milhões de pessoas ao redor do mundo — mas você já parou para pensar no que eles causam no cérebro? A ciência vem mostrando que jogos digitais podem tanto estimular funções cognitivas quanto, em excesso ou no estilo errado, gerar impactos negativos no sistema de recompensa do cérebro . Neste artigo, vamos entender: O papel da dopamina no cérebro O que é o efeito rebote dopaminérgico Como diferentes tipos de jogos afetam nossa neuroquímica Por que os cozy games são considerados os queridinhos da saúde emocional O que é dopamina e por que ela importa tanto? A dopamina é um neurotransmissor fundamental para várias funções cerebrais, incluindo: Motivação Recompensa Tomada de decisão Controle motor Aprendizagem por reforço Ela é frequentemente associada ao “sistema de recompensa” do cérebro. Quando fazemos algo prazeroso (comer, socializar, vencer uma fase de um jogo...), nosso cérebro libera dopamina, nos encorajando a repetir aquele comportamento. Quando o prazer se torna um problema: o "efeito rebote" da dopamina Embora a dopamina seja essencial, a superestimulação desse sistema pode ter um efeito colateral chamado "efeito rebote dopaminérgico" . Esse fenômeno acontece quando há: Um pico muito alto de dopamina (por exemplo, ao vencer um jogo com muitos estímulos visuais e recompensas rápidas) Seguido de uma queda abrupta , que pode gerar: Desmotivação Tristeza Vontade de buscar estímulos ainda maiores Dificuldade em aproveitar atividades cotidianas Esse ciclo, quando repetido, pode afetar a regulação emocional e aumentar a vulnerabilidade a comportamentos compulsivos . Jogos e dopamina: qual o impacto de cada tipo? Diferentes tipos de jogos provocam diferentes respostas no cérebro. Estudos mostram que: Jogos de ação rápida e recompensas constantes (como Call of Duty ou Fortnite) geram altos picos dopaminérgicos . Jogos baseados em azar e recompensas aleatórias (como loot boxes) ativam o sistema de forma semelhante ao jogo patológico . Já os jogos calmos, criativos e com baixa pressão — como os cozy games — estimulam a dopamina de forma leve e constante , favorecendo o bem-estar sem efeitos de rebote. O que são cozy games? Cozy games são jogos acolhedores, com ritmo lento e foco em experiências relaxantes. Eles geralmente incluem: Ambientação tranquila e estética aconchegante Tarefas simples, como jardinagem, culinária, decoração ou pesca Interações sociais positivas com personagens não-jogadores (NPCs) Ausência de tempo limite, competição ou violência Exemplos populares: Animal Crossing Stardew Valley Spiritfarer Cozy Grove Unpacking O efeito dos cozy games no cérebro Os cozy games se destacam por ativar o sistema dopaminérgico de forma regulada e equilibrada , sendo comparáveis a atividades como pintura, jardinagem ou meditação leve. Benefícios neuropsicológicos: Aumento da atenção plena (mindfulness) Redução de ansiedade leve a moderada Melhora na regulação emocional Ativação do córtex pré-frontal (funções executivas) Redução da atividade da amígdala , estrutura cerebral associada ao medo e estresse Comparativo neuroquímico entre tipos de jogos  A tabela a seguir resume os efeitos dopaminérgicos de diferentes categorias de jogos:
Por Matheus Santos 15 de abril de 2025
A deficiência intelectual (DI) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, com início durante o período do desenvolvimento. Embora seja um diagnóstico relativamente comum, sua identificação ainda é cercada por desafios práticos, éticos e metodológicos. A avaliação neuropsicológica desempenha um papel central nesse processo, pois permite compreender não apenas o quociente de inteligência, mas também os aspectos funcionais da vida cotidiana — oferecendo uma visão mais completa, humana e baseada em evidências sobre o funcionamento do indivíduo. Neste artigo, você vai entender: Quais são os critérios diagnósticos atuais da deficiência intelectual; Como a avaliação neuropsicológica contribui para o diagnóstico e planejamento de intervenção; Quais testes e instrumentos são utilizados; Como diferenciar DI de outras condições; E os cuidados na devolutiva à família e à escola. O que é deficiência intelectual? Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a deficiência intelectual é definida por três critérios principais: Déficits nas funções intelectuais , como raciocínio, resolução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, julgamento, aprendizagem e experiência acadêmica — confirmados por avaliação clínica e testes padronizados; Déficits no funcionamento adaptativo , que resultam em fracasso para atender às demandas de independência esperadas para a idade, em pelo menos um dos seguintes domínios: Comunicação Participação social Vida prática (autonomia); Início durante o período do desenvolvimento (infância ou adolescência). 👉 Veja também: Como medir funções executivas na prática clínica A importância da avaliação neuropsicológica A avaliação neuropsicológica na deficiência intelectual vai muito além do QI . Seu objetivo é compreender o perfil cognitivo, os níveis de funcionalidade e os pontos fortes e fracos que devem orientar o plano de intervenção. Ela é essencial para: Confirmar ou descartar o diagnóstico de DI; Diferenciar DI de outras condições (como transtornos de aprendizagem, TDAH, TEA); Estabelecer níveis de apoio necessário (leve, moderado, grave ou profundo); Oferecer subsídios para laudos, adaptações pedagógicas, orientações jurídicas e sociais ; Promover intervenções personalizadas , com base nas potencialidades do indivíduo. O que deve ser avaliado? 1. Funções cognitivas gerais Raciocínio lógico e abstrato Resolução de problemas Memória de curto e longo prazo Atenção sustentada e seletiva Linguagem verbal e não verbal 2. Funções adaptativas Autocuidado (alimentação, higiene, vestuário) Comunicação funcional Independência social e habilidades interpessoais Capacidade de lidar com dinheiro, tempo e tarefas básicas 3. Funções executivas Planejamento e organização Flexibilidade cognitiva Inibição de impulsos Monitoramento do próprio comportamento 👉 Leia também: Avaliação neuropsicológica no TDAH: critérios, instrumentos e interpretação clínica Principais instrumentos utilizados ✅ Avaliação cognitiva: WISC-V (crianças/adolescentes) WAIS-IV (adultos) SON-R (testes não verbais de inteligência) Leiter-3 (inteligência não verbal em pessoas com dificuldades de comunicação) RAVEN - Matrizes Progressivas (complementar) ✅ Avaliação adaptativa: ABAS-II (Adaptive Behavior Assessment System) Vineland Adaptive Behavior Scales Entrevistas estruturadas com cuidadores e professores ✅ Avaliação funcional complementar: Tarefas projetivas e observacionais; Protocolos de entrevista clínica com foco em autonomia e participação social. 👉 Veja também: Testes neuropsicológicos comerciais: WAIS, WCST e outros Estudo de caso (fictício) 👦 Arthur, 12 anos Queixa: baixo rendimento escolar, dificuldade em se comunicar e realizar atividades simples sozinho. Aplicado: WISC-V, ABAS-II, entrevistas com pais e professores. Achados: QI total de 58; Déficits severos em linguagem e habilidades adaptativas; Preservação de habilidades visuais e tarefas práticas simples. Diagnóstico : Deficiência intelectual moderada. Encaminhamentos : intervenção multidisciplinar, suporte pedagógico com adaptação curricular e inclusão em atividades práticas com supervisão.  Diferenças com outras condições
Por Matheus Santos 14 de abril de 2025
A matemática costuma ser um desafio para muitas crianças e adolescentes. No entanto, quando as dificuldades persistem mesmo diante de ensino adequado, boa inteligência geral e ausência de fatores emocionais significativos, é importante considerar a possibilidade de um transtorno específico de aprendizagem com prejuízo na matemática — a discalculia . Ao contrário do que se pensa, discalculia não é "preguiça", "bloqueio" ou simples "dificuldade com números". Trata-se de um quadro com base neurológica que afeta diretamente a compreensão e o uso de conceitos matemáticos, exigindo diagnóstico diferencial preciso e intervenções especializadas . Neste artigo, você entenderá: O que é a discalculia e como ela se manifesta; O papel da avaliação neuropsicológica nesse diagnóstico; Quais são os principais testes utilizados; Como diferenciar discalculia de outras dificuldades em matemática; E as melhores práticas para devolutiva e encaminhamento. O que é discalculia? A discalculia é um transtorno específico da aprendizagem caracterizado por dificuldades significativas em habilidades matemáticas básicas, como: Compreensão de quantidades e conceitos numéricos; Realização de operações simples (adição, subtração, multiplicação, divisão); Memorização de fatos matemáticos (como a tabuada); Raciocínio lógico-matemático; Interpretação de problemas e representação de grandezas. Ela afeta de 3% a 7% das crianças em idade escolar e pode persistir até a vida adulta, impactando não apenas o desempenho acadêmico, mas também a autonomia em atividades cotidianas (uso de dinheiro, horários, cálculo de distâncias etc.). Quando suspeitar de discalculia? Sinais de alerta incluem: Dificuldade persistente para aprender e aplicar conceitos matemáticos; Erros frequentes em operações básicas mesmo após repetidos ensinamentos; Lentidão incomum para resolver problemas simples; Incapacidade de estimar quantidades ou compreender proporções; Evitação de tarefas envolvendo números. É essencial lembrar que a discalculia não é causada por má alfabetização matemática, desatenção isolada ou falta de esforço. Trata-se de um padrão de funcionamento neurocognitivo específico. 👉 Leia também: Como medir funções executivas na prática clínica O papel da avaliação neuropsicológica A avaliação neuropsicológica contribui de forma decisiva para: Diferenciar discalculia de dificuldades pedagógicas ou transtornos comórbidos , como TDAH e ansiedade; Identificar quais componentes do processamento matemático estão comprometidos; Avaliar funções cognitivas associadas (atenção, memória de trabalho, funções executivas); Construir um plano de intervenção personalizado, com apoio à escola e à família. Habilidades cognitivas que devem ser avaliadas Inteligência geral e raciocínio fluido Memória de trabalho verbal e visuoespacial Atenção sustentada e seletiva Funções executivas (inibição, planejamento, flexibilidade cognitiva) Orientação espacial e percepção de grandezas Capacidade de estimar, comparar e operar quantidades numéricas 👉 Veja também: Avaliação neuropsicológica no TDAH: critérios, instrumentos e interpretação clínica Principais instrumentos utilizados Habilidades matemáticas: TDE – Teste de Desempenho Escolar (subteste de matemática) Bateria Neuropsicológica Infantil NEUPSILIN-INF Teste de Aritmética (WISC-V ou WAIS-IV) Provas de cálculo e estimativa adaptadas à faixa etária Entrevistas semiestruturadas com familiares e professores Memória, atenção e funções executivas: Span de dígitos e Corsi Block-Tapping Test Stroop Test Trail Making Test (TMT A/B) Fluência verbal e tarefas de categorização 👉 Leia também: Testes para avaliar memória: RAVLT ou Digit Span? Estudo de caso (fictício) 👦 Lucas, 10 anos Queixa: dificuldade persistente em matemática, mesmo após reforço. Avaliação com TDE, subtestes da WISC-V, NEUPSILIN-INF e testes de atenção. Achados: prejuízo em memória de trabalho, raciocínio aritmético e orientação espacial; inteligência geral preservada. Diagnóstico: Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo em matemática (discalculia). Intervenções orientadas: adaptação curricular, apoio especializado em raciocínio numérico, uso de recursos visuais.  Discalculia x dificuldades pedagógicas: como diferenciar?
Por Matheus Santos 13 de abril de 2025
A dislexia é um dos transtornos específicos de aprendizagem mais comuns, caracterizado por dificuldades persistentes na leitura, que não se explicam por baixa escolarização, deficiência intelectual ou fatores emocionais isolados. Ainda assim, é frequentemente confundida com “preguiça”, “falta de atenção” ou até com TDAH. A avaliação neuropsicológica é uma ferramenta essencial para identificar a dislexia , diferenciando-a de outras causas de baixo rendimento escolar e mapeando o perfil cognitivo de cada aluno. Esse processo permite intervenções mais precisas e baseadas em evidências — fundamentais para garantir o direito à educação de forma inclusiva e respeitosa. Neste artigo, você vai entender: O que é dislexia e como ela se manifesta; Como a avaliação neuropsicológica contribui para o diagnóstico e acompanhamento; Quais são os principais testes utilizados; Como diferenciar dislexia de outras dificuldades escolares; E os cuidados na devolutiva à família e à escola. O que é dislexia? A dislexia é um transtorno específico da aprendizagem com base neurobiológica, que afeta a decodificação fonológica , a fluência e a precisão na leitura, com impacto secundário na compreensão e na escrita. De acordo com a DSM-5, ela está incluída na categoria dos transtornos específicos de aprendizagem , ao lado da discalculia e da disgrafia. Principais sinais de dislexia: Dificuldade persistente na leitura de palavras simples; Troca de letras e sílabas; Leitura lenta e hesitante; Dificuldade de compreensão de textos escritos; Erros ortográficos frequentes e resistentes à intervenção pedagógica. É importante lembrar que a dislexia não está relacionada à inteligência , mas sim a um funcionamento específico do processamento fonológico e da linguagem escrita. Quando suspeitar de dislexia? A suspeita geralmente surge no ambiente escolar, especialmente quando: A criança apresenta dificuldades específicas na leitura, apesar de receber ensino adequado; Há histórico familiar de dislexia ou outras dificuldades de aprendizagem; As dificuldades persistem mesmo após reforço escolar; O rendimento acadêmico está abaixo do esperado, principalmente em leitura e escrita. 👉 Leia também: Desafios na avaliação neuropsicológica de crianças e adolescentes O papel da avaliação neuropsicológica A avaliação neuropsicológica no contexto da dislexia tem como objetivo: Identificar o perfil cognitivo da criança ou adolescente ; Avaliar o funcionamento de habilidades ligadas à leitura e escrita; Investigar possíveis comorbidades (ex: TDAH, ansiedade, dificuldades emocionais); Diferenciar dislexia de dificuldades pedagógicas, imaturidade ou defasagem escolar ; Orientar intervenções personalizadas na escola e em casa. Essa avaliação é especialmente importante para garantir intervenções precoces e baseadas em evidências , reduzindo o risco de impactos emocionais e acadêmicos a longo prazo. Funções cognitivas que devem ser avaliadas A avaliação de dislexia deve considerar: Consciência fonológica e memória fonológica Nomeação rápida automatizada Decodificação e fluência de leitura Compreensão de leitura Ortografia e escrita espontânea Memória de trabalho verbal Atenção e funções executivas Vocabulário receptivo e expressivo A partir dessa análise, é possível construir um perfil individualizado , que vai muito além do “sim ou não” para dislexia. 👉 Veja também: Como medir funções executivas na prática clínica Principais instrumentos utilizados Avaliação de linguagem e leitura: Teste de Consciência Fonológica – CONFIAS Teste de Nomeação Automática Rápida (RAN) Teste de Desempenho Escolar (TDE) Provas de leitura de palavras e pseudopalavras Testes de fluência e compreensão de leitura Memória e atenção: Dígitos (WISC-V) Corsi Block-Tapping Test Teste AC de atenção concentrada TMT A/B Funções executivas: Stroop Test Fluência verbal fonêmica e semântica Torre de Londres 👉 Leia também: Testes para avaliar memória: RAVLT ou Digit Span? Estudo de caso (fictício) 👧 Sofia, 9 anos Queixa: dificuldade persistente em leitura e ortografia, apesar de reforço escolar. Avaliação com TDE, CONFIAS, RAN, TMT, Dígitos e WISC-V. Achados: prejuízos em consciência fonológica, nomeação rápida e fluência de leitura; inteligência preservada. Diagnóstico: Dislexia do desenvolvimento (transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na leitura). Intervenções orientadas: reforço especializado em leitura, adaptação escolar, treino metacognitivo. Diferenciando dislexia de outras dificuldades escolares  A avaliação neuropsicológica ajuda a diferenciar:
Por Matheus Santos 13 de abril de 2025
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que se manifesta por alterações na comunicação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. Ao contrário do que muitos pensam, o autismo não é definido por um único perfil cognitivo — e é justamente aí que a avaliação neuropsicológica se torna uma ferramenta fundamental. Por meio de instrumentos padronizados e análise clínica integrada, a Neuropsicologia contribui para identificar as potencialidades, os déficits e os padrões de funcionamento cognitivo no TEA , auxiliando tanto no diagnóstico diferencial quanto na construção de intervenções individualizadas. Neste artigo, você vai entender: Qual o papel da avaliação neuropsicológica no autismo; Quais funções cognitivas são frequentemente afetadas (e preservadas); Os principais testes utilizados; Os desafios éticos e metodológicos no processo avaliativo. O papel da Neuropsicologia no TEA A avaliação neuropsicológica no contexto do autismo não tem como objetivo confirmar ou excluir o diagnóstico de TEA isoladamente — isso é feito por meio de protocolos clínicos e observacionais específicos. No entanto, a Neuropsicologia é essencial para: Mapear o perfil cognitivo da pessoa autista; Identificar comorbidades (TDAH, deficiência intelectual, dislexia, etc.); Orientar práticas pedagógicas e terapêuticas personalizadas; Acompanhar o desenvolvimento ao longo do tempo. 👉 Veja também: Desafios na avaliação neuropsicológica de crianças e adolescentes O que a avaliação neuropsicológica investiga? O TEA é altamente heterogêneo. Por isso, a avaliação deve abranger diversos domínios, como: Atenção e controle inibitório; Funções executivas (planejamento, flexibilidade cognitiva, monitoramento); Linguagem receptiva e expressiva; Memória de curto e longo prazo; Habilidades visuoespaciais; Capacidades sociais e teoria da mente (ToM). O objetivo é entender como o cérebro da pessoa autista funciona em diferentes áreas , e não apenas “testar QI”. 👉 Leia também: Como medir funções executivas na prática clínica Perfil cognitivo no TEA: o que a literatura nos mostra? Algumas características frequentes no perfil neuropsicológico de indivíduos com TEA incluem: Forças em memória mecânica, roteiros visuais e habilidades visuoespaciais; Dificuldades em atenção dividida e sustentada; Prejuízos em funções executivas, especialmente flexibilidade cognitiva e planejamento; Desafios na linguagem pragmática e interpretação de metáforas; Dificuldade em inferir estados mentais alheios (teoria da mente). No entanto, esses padrões variam imensamente entre os indivíduos , especialmente entre aqueles com alta habilidade cognitiva (antigo “Asperger”) e aqueles com deficiência intelectual associada. Principais instrumentos utilizados na avaliação A escolha dos testes deve considerar idade, linguagem, nível de funcionamento e contexto familiar/escolar. Alguns dos mais utilizados são: Avaliação geral e inteligência: WISC-V ou WAIS-IV (adaptado à faixa etária) Leiter-3 (não verbal, ideal para TEA com dificuldades de linguagem) SON-R (testes de desempenho não verbal) Funções executivas: Torre de Londres Stroop Color Word Test Trail Making Test A e B CCTT e NEPSY-II Linguagem: Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT) Token Test Bateria de Habilidades Metalinguísticas Teoria da mente e cognição social: Faux Pas Recognition Test Reading the Mind in the Eyes Test NEPSY-II – subtestes sociais 👉 Veja também: Testes para avaliar memória: RAVLT ou Digit Span? Estudo de caso (fictício) 👦 Pedro, 7 anos Diagnóstico clínico de TEA nível 1. Dificuldade em interações sociais e rigidez comportamental. Avaliação com WISC-V, TMT, fluência verbal e NEPSY-II. Achados: QI total dentro da média; Déficit em flexibilidade cognitiva e controle inibitório; Força em memória visual e linguagem expressiva. Intervenções orientadas: Treino de habilidades sociais; Suporte escolar com foco em organização e transições; Envolvimento da família no plano terapêutico. Desafios na avaliação neuropsicológica no TEA Adaptação dos testes à realidade do paciente (não forçar aplicação rígida); Linguagem acessível e contexto motivador para crianças com aversão à mudança; Evitar interpretações reducionistas (ex: “não colaborou = baixo desempenho”); Importância da observação clínica e entrevista com os responsáveis. 👉 Leia também: A importância de interpretações contextualizadas nos testes cognitivos Conclusão A avaliação neuropsicológica no TEA é uma ferramenta poderosa para compreender o funcionamento cognitivo singular de cada indivíduo autista . Ela ajuda a romper com generalizações e possibilita a construção de intervenções realmente adaptadas, respeitando o ritmo, os interesses e as necessidades da pessoa. Mais do que um conjunto de testes, trata-se de um olhar ampliado, ético e baseado em evidências sobre o desenvolvimento humano. Quer se especializar em avaliação neuropsicológica no TEA e outros quadros do neurodesenvolvimento? Participe da Formação Permanente do IC&C e aprenda, com profundidade e segurança, como conduzir avaliações neuropsicológicas completas — com base científica, aplicação prática e olhar humanizado.
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